segunda-feira, 5 de abril de 2010

Tchururu, tchururururu, tchururu, tchururururu

Sempre encarei a alegria como algo efêmero... mas não da pior forma... algo como um estado passageiro, sabe? (apesar de que o conceito de 'estado' já exprime a idéia de 'passageiro... mas enfim...)

Esse feriado marcou meu ano com os melhores dias que consigo me lembrar. Creio que nunca senti tanto prazer em não "fazer nada". Apesar de deveras mofado por conta da chuva torrencial que assolou (e ainda assola) Brasília nessa última semana, estar acompanhado de comidas não-saudáveis, cobertores, filmes e de alguém que você gosta (fator essencial diga-se de passagem) parece diminuir todos os revezes e transformar um dia que tinha tudo pra ser monótono em memorávelmente prazeroso.
Acho que pela primeira vez começo um relacionamento sem o mínimo pé-atrás (e quem me conhece sabe que uma das caranterísticas mais marcantes em mim é a eterna desconfiança em todo mundo), sem o mínimo medo... só me deixando levar.

Eu achava que já tinha vivido situações em que o "Destino" dá uma mãozinha para que algo aconteça (apesar de ser bem cético quanto à existência dele)... mas definitivamente não havia acontecido nada como isto.
E foi o fator determinante... um começo ímpar, improvável, impossível até. Daqueles que a única coisa que vem à mente é... na verdade nada vem. Não preciso pensar em nada... e nem consigo na maioria das vezes, tamanho o efeito inebriante da situação.
Acho que poderemos rir disso mais uns 20, 30 anos sem nos cansarmos.

Hoje revejo todo o caminho que percorri nesses últimos 6, 7 meses.
Desde o dia do meu aniversário, quando da primeira vez que escrevi sobre meu estado em um caderno bem velho, até hoje, 5 de Abril de 2010, quando completei meu último texto.
Fiz questão de reler linha a linha, mesmo as partes mais doídas (e elas são muitas). Confesso que fiquei bem mexido com muita coisa... mas minha mesmo, bem egoísta. Fui muito amargurado, rancoroso até. Me deixei levar por sentimentos horríveis, e tomei atitudes beirando o mesmo nível... mas enxergando a situação com olhos resignados, encaro que foi um sacrifício necessário... me perder pra me achar, do modo mais blasé possível.
Li uma frase que escrevi exatamente no dia 12 de março de 2010:

"Quando me olho no espelho, quase não me enxergo... não sei se pelos cabelos cortados, quase nunca penteados... pela expressão apática ou pela falta de vontade de me ver"

Mas hoje entendo o porquê. Estava procurando uma pessoa que não mais existia. Olhando à frente e esperando enxergar atrás.
Fechei o caderno, guardei junto à outras coisas que não quero mexer por algum tempo, mas ainda tenho pena de me desfazer... quem sabe daqui a 10 anos releio tudo pra tentar me enxergar de novo.

Estou bobo, clichê, previsível... monótono para alguns, decepcionante para outros (o qual ainda não entendo bem o motivo).
Mas acho que o conceito de se perder por alguém é exatamente esse... e sorrio um sorriso sincero.

Sempre encarei a alegria como algo efêmero... e é. Mas a vida é algo efêmero, então deixe estar.

TL;DR - Estou feliz, tive os melhores dias que posso me lembrar... estou perdidamente apaixonado e tem gente que não se conforma com isso. Sabe o que eu acho disso? B-O-R-I-N-G. Obrigado pelo feriado mais gostoso da minha vida ;*
Minha Turquesa S2 (toda vez que escrevo "<"3 dá pau ._.)

Um comentário:

  1. Adorei o marcador :P.

    Foi o feriado mais perfeito, tem toda a razão, acho que ficamos em sintonia com muita facilidade, o que é raro (se pensarmos no tempo que nos conhecemos) e gostoso. Acho que eu nunca tinha conhecido ninguém com quem eu realmente não preciso de nenhum programa, nada, nenhum tipo de método, sei lá... só a companhia já é mais do que o suficiente e de uma forma que me gerou uma confiança e uma entrega muito maior.
    Sei que é clichê, mas ser sua namorada é realmente... "delicioso" :)

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