sexta-feira, 30 de abril de 2010

Muitos textos

Hoje perdi meu pensamento em alguma coisa absolutamente fascinante.
Sabe aqueles momentos em que as pessoas falam e você simplesmente não escuta nada além do silêncio? Que os olhos correm por alguma paisagem imaginária e sorri sem nem ao menos perceber?
Eu passei boa parte da minha manhã assim... ociosamente ocupado.
Não sei se foi no meu novo porta-retratos que enfeita minha mesa de trabalho, se nas fotos que tenho espalhadas pela parede da baia, se nos problemas que tinha que (teoricamente) resolver no trabalho, se no fato de eu ter esquecido de pegar roupas para dormir fora...
Hoje perdi meu pensamento... acho que deixei no bolso de outra calça.

E sangrei hoje... e há muito não via o meu sangue.
Tem a cor forte, quase vinho... cheiro ferroso, consistência gelatinosa, quase indescritível.
Mais um caco de vidro vai pra coleção.

E estive conversando com uma amiga sobre o fato das pessoas idolatrarem os semelhantes que são idiotas e despojados a ponto de se tornarem realmente ácidos, pessoas indesejáveis... e por trás disso tudo há uma grande admiração exatamente pelo fato de que essas pessoas não tem realmente coragem de fazê-lo, logo elas ou invejam quem o faz ou o idolatram.
Ganhei muitos desafetos nos últimos tempos exatamente pelo fato de ter me tornado o tão sincero quanto sempre quis... eu não gosto de muita gente, de muita coisa, e existe uma grande possibilidade (se você é uma aleatório que caiu aqui pelo meu formspring) de eu não gostar de você.
Compensações... isso é a grande força motriz motivadora dos comportamentos bizarros que tenho visto...
exemplo clássico: pessoa com baixa auto-estima, necessita de aprovação social... logo, para compensá-lo, ela se propõe a todo e qualquer tipo de situação a fim de que tenha atenção (seja na forma de amizades, de cantadas, ou de, simplesmente, ser conhecida)... qualquer semelhança NÃO é coincidência. Eu realmente conheço alguém assim.

E me perguntam também: "Se não se importar com ninguém, por que comenta tanto sobre comportamentos no seu blog?"
Simples: Eu gosto de falar mal dos outros.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

2.592.000s ou 30d

"Eu simplesmente amo você"

Juro que pensei em um milhão de formas de começar esse texto... citações, poesias, músicas... mas nada expressa melhor o sentido disso tudo como um simples "eu te amo".
Sentei hoje na cama e repensei muita coisa... pensei sobre o tempo que fiquei profundamente machucado, o tempo em que abandonei todos os meus valores em busca de um prazer vão, uma satisfação vazia.
Ontem tive uma simples comprovação do impacto que você fez na minha vida (acho que nem sabe disso ainda, por sinal)... e o melhor: de forma permanente.
Acho até injusto comparar qualquer pessoa a você, ou qualquer tipo de situação... nós dois sabemos o quão surreal é a nossa história desde o começo... o número ABSURDO (assim mesmo, em letras maiúsculas) de "coincidências", a empatia instantânea (mesmo tendo todos os motivos do mundo para não tê-la), a mensagem.
"Nossa... desculpa mesmo. Meu amigo me empurrou e eu quase caí em cima de você... dança comigo uma música?"
Tentei não me dar esperanças de nada depois disso tudo. Não me parecia um tanto promissor depois de um começo tão estabanado (por falta de melhor expressão). Mas eis que:
"Perdão ter saído do nada, carona é tenso haha ;* Ju."
Meu coração bateu arritmado na hora. Absolutamente inesperado, deliciosamente surpreendente.
Comentei com todo mundo... parecia um adolescente idiota. E resolvi ligar:
Então... tá livre que dia?" 
"Sexta, pode ser?"
"Eu te pego lá então."
Não foi animador, confesso (e já te falei mil vezes isso haueiae). Mas resolvi arriscar... não tinha muito a perder. O máximo que poderia acontecer seria uma saída com uma companhia agradável.
E foi o MÁXIMO! Conheci a pessoa que achei que não existia em lugar nenhum... (rasgação de Seda: ON) inteligentíssima, linda, interessante, provocante, sexy... nerd (acho que minha característica favorita haeuiae) (rasgação de Seda: OFF).
Depois de te beijar pela segunda vez tive certeza de era real.
E mesmo os programas ruins são bons... nossa caminhada no parque que não aconteceu... ficamos inundados no carro, morrendo de rir de histórias idiotas de infância, carinhos no cabelo e muita, muita chuva.
"Posso te fazer uma pergunta idiota?"
E o tempo passou e passou, mas parece que foi ontem, quando escreveu com o dedo nas minhas costas... "eu te amo".
Você é a pessoa mais incrívelmente apaixonante que já conheci.
Desculpe por não conseguir ser perfeito como merece... mas prometo que me esforço o máximo para chegar bem perto.
Te vejo daqui a 30 minutos e te falo isso e muito mais pessoalmente.
<3

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Boundaries

Uma coisa é certa.
Eu não sirvo pra ser diplomático.

Tenho que parar de forçar os meus limites antes que, ao ultrapassá-los, não tenha mais volta.
Focus, focus.

I'm pretty good in being bad

"I got wiring loose inside my head
I got books that I never ever read
I got secrets in my garden shed
I got a scar where all my urges bled
I got people underneath my bed
I got a place where all my dreams are dead
Swim with me into your blackest eyes"

Porcupine Tree - Blackest Eyes
Me pergunto o motivo de algumas pessoas simplesmente odiarem outras sem ao menos conhecê-las.
Confesso, eu sei, que já muito o fiz. Mas ao perceber o quão irracional isso era, repensei e aboli essa atitude (ok, talvez não totalmente).
Percebo que nos últimos tempos ganhei muitos "elogios negativos". Prepotente, arrogante, ignorante, grosso, metido, fdp, gay (esse é o mais corriqueiro), dissmulado, entre outros.
Só o que posso dizer é: Obrigado.
Eu mesmo afirmo que tenho em mim grande parte dessas características.
Não sou uma pessoa naturalmente simpática, meu humor não é socialmente aceito, não sei conviver com convenções sociais, não sou legal, sou rabugento pra cacete, reclamão, sincero até demais, não pareço machão, coloco mil defeitos em tudo e todos.
Não entendo é o porque das pessoas ainda se sentirem ofendidas quando não quero me aproximar delas e deixo isso claro. Se eu sou assumidamente uma persona non grata, qual é a grande esperança?
E antes de mais nada. Não sou arrogante... a culpa não é minha se os fracassados se sentem atingidos pelo sucesso alheio (6). (Me processem)

Adoro acordar com o meu humor assim.


Já perceberam quão constrangedor é estar em um vagão com somente uma pessoa além de você?

terça-feira, 27 de abril de 2010

Nine Lives

"We was making love when you told me that you loved me
I thought ol' cupid he was taking aim
I was believer when you told me that you loved me
And then you called me someone else's name
There ain't gonna be no more beggin' you please
You know what I want
And it ain't one of these
You're bad to the bone
And your girlfriend agrees
That falling in love is so hard on the knees

You're so bad you're so bad you're so
You're so bad you're so bad"

Aerosmith - Falling in Love (Is hard on the Knees)
Uma das melhores músicas do Aerosmith. Que não tem absolutamente nada a ver com a minha vida, que fique claro... mas que define a de muita gente. (6)

Rindo à toa.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Traveling without Moving

"This twisted crystal kingdom
Where you live your nine lives
And your head spins
With purple cyclones made of dexadrine
And when the phone rings
You think bad things
Well these are high times yeah
In any back street when you take a hot seat
Make sure you check your flight times

Don’t you know that last night
Turned to daylight
And a minute became a day
Last night all my troubles
Well they seemed so far away
Searching my reflection for a glimpse of another me
I’ve got to get away from all these high high times
’Cause these high times are killing me

Now drop this time
Paranoia will destroy ya"

Jamiroquai - High Times
"Pois é... eu sinto saudade da época do colégio... tinha muita gente sem noção. O que chegava a ser engraçado."
"Ah, eu não sinto saudade da época de colégio... nem de faculdade."
"E sente do que?"
"Acho que perdi a capacidade de sentir saudade das coisas."

Ok. Eu tirei um caco de vidro da minha cabeça agora.
Isso foi... estranho. E medonho.

Macacos, Amigos e Mimimi

Nesse final de semana vivenciei o ditado:
"Amigo que é amigo não separa briga... entra na voadora."
Confesso que sentir a adrenalina na iminência de um embate físico me fazia falta... o olhar estreito, o pensamento aguçado e o batimento acelerado.
Mas a que custo?
Acabar com a noite de muita gente, deixar a namorada aflita com a possibilidade de eu tomar um beatdown muito tenso (o que, naquela situação, era altamente provável), ver amigos com machucados. Preocupação em geral.
É estranha essa relação primata com os instintos que algumas pessoas tem... da constante auto-afirmação, da  batalha pelo posto de macho-alfa. Eu vejo como um resgate dos instintos primitivos de pessoas menos mentalmente dotadas. Que, na falta de um melhor atrativo, apelam para a força física com o objetivo de compensar alguma frustração dormente. Isso, obviamente, generalizando.

Me senti bem mal por ter visto um amigo (que insisti tanto para que saísse comigo) machucado. Mas confesso que senti um orgulho indescritível por ver a coragem dele em defender os amigos desse tipo de gente. Então, mesmo nem sabendo se ele lê isso aqui, fica aqui o meu agradecimento: Valeu Almir! (y)

No mais, o final de semana foi bem tranquilo (a dose de adrenalina ficou toda por conta da sexta). Filme, dormir (muito e muito bem acompanhado), comer, e bater papo com amigos. Dias tranquilos e felizes tem se tornado uma constante pra mim... e percebo que a minha "necessidade de sair" tem diminuído cada vez mais. Não sei se pelo cansaço proporcionado pela rotina de trabalho, ou se por estar bem satisfeito com os programas light... mas sei que estou deveras feliz com isso.

Há de constar no meu report semanal do final de semana: Cansei de mimimi de gente com ciuminho. Cansei de gente que não sabe o que quer da vida. Cansei de cobrança de atenção quando não há o mínimo cabimento para tal. Mas essa semana dou um ponto final nisso.
Há de constar também: 1 mês passa voando D:

Edit: Ah sim! E que fique registrado aqui... 5x2 com vitória \o/

sexta-feira, 23 de abril de 2010

All my Loving

Hoje meu metrô quebrou no meio do caminho. Prontamente, na estação seguinte, peguei outro... que quebrou novamente.
Sendo assim... fiquei 40 minutos dentro de um túnel, sem poder falar no celular (pois não tem sinal no centro da Terra), parado, com uma porrada de gente fedida (sério, nego não toma banho de manhã... há uns 2 anos, creio eu), gritando, irados por não estarmos andando e no alto-falante um funcionário repetia que "as linhas estavam normalizadas".
Desci na estação errada, esperei o terceiro metrô do dia... ele chegou do outro lado da estação (visto que a linha regular estava bloqueada), tive que correr MUITO pra chegar a tempo. Mais 20 minutos sendo espremido contra a porta.
Cheguei no trabalho e esqueci que tinha que ter comprado um suco pro café da manhã.

E mesmo assim, cantei "All my Loving" desde que acordei e porto um sorriso absoluto no rosto.
Segredo?

Guess <3

PS Away: Meu teste de pureza deu 35,4% puro. Credo... vou pro inferno D:

Agonia, DDP e Beatles

Tenho agonia extrema de quem tem vício por atenção. Fato.
Ser notado possui uma relação inversamente proporcional ao esforço que faz para que isso aconteça.
Além disso, vale a pena ser popular a qualquer custo? Mesmo?
Isso é doença, tá doido.

Por sinal... tá na moda ter doenças psicosociais, né?
BPD, DDA, Stress Crônico, NPD (meu favorito e melhor candidato de todos a se encaixar em mim).
Agora a pergunta... se existem tantas classificações de desvios de personalidade, tantos padrões... o que é o normal afinal de contas?
Eu mesmo, lendo as descrições, acho que tenho uns 5 ou 6 deles. E olha que sou um wannabe-adulto bem normalzinho (careta para algumas pessoas).
'Weird' is the new 'cool'.

Por sinal, tirei umas 20 músicas dos Beatles ontem e percebi que minha voz se encaixa perfeitamente no tom de grande parte delas. "All my loving" é uma das melhores músicas que já cantei na vida D: (não entendi o motivo de começar com "por sinal", sendo que não tem nada a ver com o assunto anterior, mas w/e)
Cantar tem sido um prazer novo pra mim. Espero não desanimar, como todo o resto.

Looking foward for the lunch o.o

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Blackfield

"Curling lips, fingertips, dead eye dips
I saw it all in the blackfield
Splinter cracks, summer tracks, paperbacks
We found them all in the blackfield
In the shade, whistle blades, singing fades
In the blackfield

She wants to stay and talk all day
So I remark when it gets dark
All the pale things under the earth
Will reverse"
Blackfield - Blackfield
A voz deles me faz viajar e pensar que eu deveria cantar mais e melhor.
E, incrivelmente, me sinto muito motivado a isso...

Nota mental: Lembrar às pessoas que "piadas sem graça" possuem esse nome por um motivo.

Insônia, Radiohead e Ódio

"I don't care if it hurts
I wanna have control
I wanna a perfect body
I wanna a perfect soul
I want you to notice
When I'm not around

You're so very special
I wish I was special"
Radiohead - Creep
Trabalho pós-feriado é uma sessão de paciência e tortura chinesa... aonde todos finjem que se importam com o que fez no minúsculo período de folga no meio da semana e finjem ser simpáticos e recatados.
Odeio sentir falta das coisas, odeio ser idiota, odeio me sentir culpado.
Odeio pentear o cabelo, odeio abastecer o carro, odeio tirar sangue, odeio Fortaleza.
Odeio julgar as pessoas, odeio o fato de continuar fazendo isso.
(eu odeio muitas coisas, percebi isso)

Queria que me ligasse agora...

Já sei qual é o efeito colateral da minha falta de sono.

Ontem

Foi uma noite estranhamente gostosa.
Cantei, toquei, dormi muito tarde e mal... acordei de bom humor e descansado.
É paradoxal demais para minha vâ ignorância entender.

Across the Universe

Ontem assisti a um dos melhores filmes da minha vida.

Across the Universe toca de uma forma absolutamente impressionante e me fez terminar o filme cantando Beatles freneticamente.
Interpretações e versões alternativas brilhantes tornam a experiência de assistir a um musical com muitíssimas referências aos Beatles uma das coisas mais gostosas que já vivenciei com um filme.
Psicodelia, amor irrefreável, fanatismo, preconceito, guerra... tudo retratado ao som de clássicos e com a "presença" de Jimi Hendrix e Janis Joplin (interpretados como outros personagens).
O filme é substancialmente emocionante sem parecer meloso e consegue fascinar à primeira vista.
Recomendadíssimo.

/merchan

terça-feira, 20 de abril de 2010

Nerdie

Bem a nossa cara.
Te amo.




 <3

Um passo, amigos e só mais uma partidinha.

Acordei nostálgico hoje... acho que é efeito colateral retardado de ontem, quando reorganizei meus arquivos antigos (fotos, logs, cartas).
Percebi que tanta gente passou na minha vida e que as considerava inseparáveis... e hoje não sei nem quem são, nem aonde moram, nem o que fazem da vida... decepcionante? Nem eu sei.
Pessoas são substituíveis... essa foi a minha dura constatação. Podem existir personalidades e características marcantes, mas no final do ato os atores sempre são diferentes.
Por outro lado, ao reler algumas cartas, rever desenhos e fotos, me peguei sorrindo e revivendo o passado... meus amigos, que um dia foram adolescentes loucos e incosequentes, hoje são funcionários públicos, estudantes universitários responsáveis... pessoas bem sucedidas. Acho que a seleção natural agiu bem.

Transcrevo aqui um trecho de carta que guardei na mochila:
"... e duvido muito que daqui a alguns anos, quando ler isso aqui, ainda teremos contato ou seremos tão amigos quanto hoje... mas tenho certeza de que quando te encontrar na rua vou poder te dar um abraço apertado e falar que te amo... que sinto saudade. A nossa amizade, que começou assistindo Dragon Ball e brincando de clube de luta evoluiu pra uma irmandade, uma cumplicidade no sentido mais puro da palavra."
E foi o que aconteceu.
Hoje esse amigo mora longe, tem a própria vida, esposa e casa. Mas toda vez que falo com ele no Skype é como se ainda tivéssemos 10 anos e curtíssemos as férias escolares. Discutindo sobre qual poder era mais forte, ou sobre o jogo de videogame que havia sido lançado.

E me questiono sobre a própria passagem do tempo na minha vida.
A alguns anos imaginava que quando tivesse 20, 25 anos seria um adulto como os outros... preocupado com tudo, sério, cisudo... que não seria mais inconsequente, que não teria mais paixões, que não jogaria videogame. Que não ia gostar mais de assistir desenhos, ou de sentar embaixo de um bloco pra jogar conversa fora... que não tocaria mais violão e comeria comida não-saudável...
Os anos passaram e isso nunca chegou... continuo o mesmo moleque, relapso, inconsequente. Que deixa de ir trabalhar cedo pra "terminar só mais essa partida de Resident Evil 5"... que pega o cartão do supermercado e vai comprar sorvete, macarrão e Doritos com a namorada, que gasta o final de semana quase todo instalando um jogo novo no computador e morre de rir com os mesmos desenhos que assistia quando criança.
E ao mesmo tempo me vejo crescido. Conquistando bens, materiais ou não. Tendo relacionamentos adultos, crescendo profissionalmente, aprofundando minha independência... e vendo tanta gente ficando pra trás... na mesma. Mudei minhas prioridades e só posso lamentar por quem não entende isso.
E sorrio sempre... pois vejo que meus amigos (mesmo) são os mesmos de anos e anos atrás (8? 10 anos?)... estando longe ou perto, e, muito provavelmente, serão por toda a vida. Pois amigos assim não se acha e nem se perde muito fácil.

(Inclusive abro um parêntese aqui pra pedir sinceras desculpas pelo meu absenteísmo... ando com muitos afazeres ultimamente e não tenho como dar a atenção que cobro de vocês)

Acho que acabei me perdendo em dois assuntos distintos (que previam posts separados), mas que acabaram se entrelaçando.
Resumindo essa sopa de idéias:

"Mãe... sabe que eu, muito provavelmente, não completo o ano em casa né?"
"É... sei."
"Vou sentir saudade da minha cama arrumada"
"O pior é que sei que é verdade..."
"O que? Que vou sentir saudade?"
"Não... que não vai mais arrumar a cama." 

Deu um nó na garganta. E, como sempre, soltei alguma piadinha sem graça pra evitar o choro.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Tópicos de um texto bagunçado

"Out at the train tracks
I dream of escape
But a song comes onto my ipod
And I realize it's getting late
I can't take the staring and the sympathy
And I don't like the questions: "How do you feel?"
"How's it going in school?" "Do you wanna talk about it?""
Way out of Here - Porcupine Tree

Já escrevi esse texto de umas 20 formas diferentes. Não fiquei satisfeito com nenhuma.
Então vai assim:

- Hoje é a data que estipulei pra fazer um check up sobre meus últimos 8 meses.
- Não sei muito bem se quero fazer isso.
- Eu tinha problemas mentais quando estipulei a data.
- Provavelmente eles se agravaram de lá pra cá.
- Devo aprender a parar de ser relapso com praticamente tudo na minha vida.
- Tenho consciência plena de que isso não vai acontecer.

DVDs musicais, expressionismo e melosidade

"Brightest city buried in the dust
Lonely people stop and stare at us
Together you and me are getting lost
The sky falls 
It's getting hard for me to see the truth
I lost my soul and gave myself to you
You are an angel and the devil too
A tear falls"  
Scars - Blackfield
Acordei com uma necessidade latente de me expressar hoje.
Falei (depois de muito tempo, inclusive) à minha mãe que a amava, dei bom dia ao meu pai (quem me conhece sabe como isso é incomum), cantei alto enquanto me arrumava para ir ao trabalho, cantei no metrô, mostrei à minha chefe o meu descontentamento com a divisão do trabalho entre minha equipe, contei o meu final de semana repetidas vezes... mas nada disso estaria completo sem eu me expressar sobre o fato que mais tem abrilhantado meus dias.
Ela.
Obrigado pela companhia sempre agradável... obrigado pelas palavras certas na hora certa, obrigado pelo abraço calado quando necessário, obrigado pelos carinhos (e eles são muitos), obrigado pelas massagens, pelos beijos e por dormir abraçada comigo todos os dias que podemos. Obrigado por sorrir quando acorda, por falar que me ama tantas vezes, por me cobrir de elogios sem fim.
Obrigado por ter ido dançar naquele sábado, por não ter me rechaçado quando caí em cima de você, por falar "ficaria", pela mensagem. Obrigado por ter atendido o telefone, por ter saído comigo e me dado o melhor beijo da minha vida inteira.

Nunca (e repito com convicção), nunca havia encontrado uma pessoa que tivesse tamanha afinidade comigo... gostos parecidos, trejeitos e até mães. Nunca tinha ficado tão à vontade e genuinamente feliz na companhia de alguém... como costumamos sempre dizer: "parece que é muito, muito mais tempo".
Tudo é melhor com você... desde assistir um jogo de futebol na TV a assistir filmes de terror antes de sair (mesmo você morrendo de medo). Desde andar na L2 à meia noite até voltar pra casa e cair na cama exausto depois da madrugada na rua. Cinema, parque, almoços, nada... tudo é mais completo. (principalmente os DVDs musicais ;x)

Não importa o quão meloso isso pareça ou seja... não importa quantas pessoas arranquem os cabelos toda vez que demonstramos carinho um pelo outro... mas eu digo com convicção que amo você de uma forma muito diferente da que conhecia. Minha necessidade de você é irreparável e infinita... nunca parece ser demais a sua companhia e não consigo definir um modo de transmitir o carinho que sinto de verdade, mas tenho certeza de que quando olho nos seus olhos, você entende.
Deixe meus dias mais doces como só você deixa. E vou sempre sorrir sinceramente em retorno.

A doçura e a convicção, a meiguice e a luxúria, a inteligência e o sarcasmo. Tudo em uma pessoa só.

Amo muito você. E não canso de reafirmar.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Geração Y

Trata-se da geração onde eu, provavelmente você e mais uma porrada de gente nos encaixamos.
Normalmente lembrados pelo alto grau de rebeldia, inteligência e desapego de padrões, é tida como a geração mais promissora no prisma profissional devido à alta criatividade e prospecção de tecnologias hoje pouco difundidas.
Eeeeeentretanto isso trouxa alguns problemas (pelo menos pra mim, que é quem interessa nesse texto).
A luta por desapego dos valores trazidos pelos pais, dados como antiquados e caretas foi exacerbada e eu diria até infundamentada. Isso, eventualmente, causou uma revolta contra os "padrões" aceitos como naturais anteriormente: família, casamento, crescimento profissional e sexualidade (e esse aqui é o ponto).
Antes de quererem me crucificar, aqui vão alguns pontos cruciais:
- Tenho amigos gays.
- Não sou preconceituoso.
- Frequento muitos ambientes GLS.
- Não dou a minima pro seu nerdrage.

Então, isto posto, posso começar a apresentar o meu grande incômodo:
Por que diabos virou moda ficar com pessoas do mesmo sexo?
Sério, achar um heterossexual hoje em dia é uma tarefa absolutamente árdua, ainda mais em se tratanto do público feminino. E o que me agonia de fato não é nem isso... é o motivo por trás de tudo.
Diversão.
As pessoas decidiram que ir contra os padrões envolve libertinagem, liberação sexual e que ser "normal" é careta... "weird" é o novo "cool".
Aderir modinhas de qualquer estirpe já é um padrão deveras ridículo, entretanto tenho que conviver com isso (assim como todo mundo, creio eu) e aprender a lidar sem parecer grosseiro... ok, a quem estou tentando enganar? Eu pareço e sou grosseiro de modo absurdo com isso tudo.
Um dos poucos arrependimentos da minha vida envolve exatamente uma situação como essa... fui chamado de "conservador" por simplesmente não entender o misterioso motivo das pessoas fazerem da perdição seu mote. (ok, não foi somente isso... mas não vale a pena entrar em detalhes)

A grande questão aqui é: eu vejo a grande multidão como um bando de "maggots", vermes mesmo... mas não do modo pejorativo, e sim de não terem opinião pessoal, estilo próprio, valores intrínsecos.
O que me remonta à uma situação bem engraçada:
Certa vez uma amiga conversando comigo, citou:
"Gui, o que acho mais lindo em você é a sua cara de "foda-se"... sabe? Aquele estilo de não ligar pra nada que falam e se vestir e portar como quer"
"Sério? Foda-se..."
*Vale ressaltar que rimos muito depois disso... e que, obviamente, não falei sério*
Aprender a pensar por si é o melhor de não se relacionar com esse tipo de gente.

Sou xiita, conservador, velho e tudo mais que sempre me falaram, mas nada disso soa como defeito pra mim. Base é o grande segredo de tudo... grande parte dessas cabecinhas vazias e tomadas pelo "Efeito Malhação" provém de uma base familiar fodida, falta de pulso firme na criação e mimos sem fim.

Me perdi um pouco (mentira... muito) mas resumidamente é isso.
Quer ser gay? Que seja... mas que seja de verdade. Nada de "mamãe não pode saber que pego minhas amiguinhas".
Não fodam uma das maiores promessas do século atual.

PS: Sim, esse texto é cheio de rancor, sim esse texto atinge a pessoas especificamente... não, eu não ligo mesmo.
PS2: Levei 4 dias pra terminar esse texto e mesmo assim ficou uma bosta. Ô diacho.

Resident Evil, Amigos e Doenças Fake

Essa semana passou como um relâmpago.
E não consigo fazer grandes reflexões sobre isso... acho que estou em um limbo de pensamentos oportunamente simples.
Não sinto necessidade de escrever textos complexos, de me mostrar naturalmente arredio a assuntos corriqueiros (como sempre fiz e faço), não tenho a costumeira raiva de pessoas sem sal e até me reconciliei com minha rotina.
Voltar a trabalhar me faz sempre bem à consciência... me mostra que não sou inútil e que pessoas sentem minha falta (mesmo que seja porque ninguém mais desenvolve os mesmos sistemas que eu). Fora o fato de não achar mais que ficaram chateados pelo meu absenteísmo (que por sinal, teve motivações muito relevantes).

Discorrendo melhor sobre esses dias fora da realidade alternativa (aka internets), joguei muito RE5 (até os dedos criarem calo), comi muita porcaria, assisti filmes, namorei, mofei na fila de hospital (e não era público), achei que meu carro tinha sido roubado, ri, ri muito, mas muito mesmo. Foram dias felizes.
E mesmo com meu intenso mau humor de ontem, conversei muito com minha mãe (o que caracteriza um momento bem raro de saudade de ambas as partes).
Dias felizes, sem mais.
Sinto saudade de muita gente... mesmo de quem não merece.

Volta ao trabalho

"Bom dia Cris... por favor, quem é Guilherme?"
"Ah, aquele ali, alto, ruivo, em pé..."
"Com cara de nerd?"
"É, o mau humorado."
"Mau humorado? Duvido."
*Caminho até a pessoa*
"Sabia que falar de forma pejorativa com uma pessoa com o dobro do seu tamanho não costuma ser bom à saúde?" *sorrisinho maroto*

Nunca mais esqueço a expressão que seguiu essa frase. E esse aí nunca mais esquece meu nome.
Voltar ao trabalho é sempre uma diversão à parte.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Cake


"I want a girl with the right allocations,
Who is fast, and thorough, and sharp as a tack.
She's playing with her jewelry,
She's putting up her hair,
She's touring the facility
and picking up slack.
I want a girl with a short skirt and a long jacket.
With fingernails that shine like justice,
and a voice that is dark like tinted glass,
She is fast, and thorough, and sharp as a tack.
She's touring the facility
and picking up slack.
I want a girl with a short skirt and a long, long jacket."

Kaleidoscope 1

"Work it harder, make it better, do it faster, makes us stronger.
More than ever hour after our work is never over."
Ah, o sol... acho que não mais sabia da existência da Vitamina D.
Deitar à sombra da luz do sol... esquentar o sangue, rir das nuvens em formato engraçado, isso quando há alguma. Dormir, dormir, acordar, sorrir, dormir.

Nunca achei que ser feliz fosse simples assim. Sem complicações, sem preocupações... estou numa inércia gostosa, me deixando levar por minha deliciosa rotina de trabalho, estudos e amor... de todas as formas, o amor.
Aprendi a dar valor às pequenas coisas. Às situações que antes passavam despercebidas. Às pessoas que antes julgava demais, sem ao menos me dar a chance de conhecê-las. Aprendi a ser mais receptivo e perceptivo... aprendi a dar chances, até mesmo à mim. Às coisas que nunca tinha tentado.

Sentar à mesa, o reflexo verde da garrafa em minha camisa... assistir a entrevista de um assassino, discorrer sobre. Comer melancia, me sujando o máximo que pude, comer bolo, deitar na rede, adormecer, mesmo que por uma fração de minuto. Sentir a água quente e fria ao mesmo tempo, abraçar, beijar e sorrir... fotos.

Trabalhar isso em mim decorreu de um processo de intensa confusão e auto-reconstrução. Revi muita coisa errada que meu orgulho disfarçava, muitos conceitos que carregava com certo vigor exagerado (o que gerava até certo preconceito). E ao ver o resultado disso, percebo que por muito tempo protelei essa auto-crítica por medo de me desapegar a tudo o que havia conquistado até então... mas a grande questão não era essa no final das contas, e sim o número de coisas que deixei de conquistar por ter criado uma barreira impenetrável à minha volta.

Pizza, filmes, filmes, filmes, programas aleatórios, sorveeeete "<3", macarrão, torta de limão, chocolate.

Percebi também que tenho uma grande facilidade de conversar com pessoas de gerações anteriores à minha... e uma grande bloqueio social de fazer o mesmo com as mais novas. Me sinto socialmente impelido à demonstrar algo de relevância no momento da conversa... mas parece que jogo matéria em um buraco negro, que absorve tudo e nada dá em troca.
Não que eu seja melhor ou algo assim... não encaro mais dessa forma. É só que me tornei o que sempre achei que fosse... ultrapassado, conservador, culturalmente xenofóbico. Não consigo aderir coisas dadas como "modernas"... não consigo assistir Big Brother, gostar de Crocs ou Crepúsculo. Não consigo achar os colírios da Capricho algo relevante, comentar sobre a ascenção do Emocore ou achar comum a normalização das tendências homossexuais na geração 'Y'.

Sou, como diriam, "old school", "velho testamento", "velho". E me sinto bem com esse fato (:
Finalmente não tenho ninguém me pressionando a me "atualizar".
Porque percebi que não fazer nada, é tudo.

(Post confuso, eu sei... mas, pelo menos uma vez na semana, tenho que liberar espaço na mente)

Cansaço

Físico e mental.
E os dias passam como efêmeros minutos, gracejando formosas lembranças.
Eu, simples e intensamente, amo o fato de viver esse momento.
Amanhã posto sobre. A cama clama minha presença.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Cantei

E cantei e cantei.
E pela primeira vez sem nenhuma inibição.
E foi lindo.

Senti a voz pulsar pelo meu peito e sair macia como veludo pela boca. Fiquei orgulhoso.
Ouvir um simples e belo "Eu te amo" d'Ela era tudo o que precisava.

É, os tempos mudam. 
"Well they tell me that I'm wanted
Yeah I'm a wanted man
I'm colt in your stable
I'm what Cain was to Abel
Mister catch me if you can.
I'm going down in a blaze of glory
Take me now but know the truth
I'm going down in a blaze of glory"
Bon Jovi - Blaze of Glory

quinta-feira, 8 de abril de 2010

3 pessoas

É a quantidade de pessoas que habitam Brasília. Definitivamente.
Ô inferno.

Vejo o meu passado com poucos pesares e remorsos. Sigo a linha de pensamento que prega que você é tudo o que faz e tudo o que fez... logo, devo à pessoa que fui, a pessoa que sou hoje. E estou satisfeito.
Porém me sinto enredado a maledicências e um passado que parece me perseguir, mesmo não sendo eu o culpado dele. Sou visto como um pária por carregar um fardo que não é meu, a sombra de outro alguém.
Seria, assim, muito injusto querer me desligar disso? Me reinventar, renovar, reconstruir?
Não quero ser visto como um câncer, um apêndice, um parasita. Muito menos como benfeitor, herói ou crédulo. Já me basta, a título, a insanidade e a caoticidade.
Que me reconheçam por feitos e fatos, não por vil imagem e semelhança.

Mais e mais

"Mais rodada que saia de baiana, não posso dizer que não é linda.
E só existem dois tipos de pessoa: as que frequentaram e as que irão frequentar ainda."
O metrô sempre me traz novas facetas da cultura popular.
Dia lindo... mesmo.
Deu vontade de faltar ao trabalho e ficar olhando o céu no parque... mas, infelizmente, contemplar não paga minhas contas. Basta a mim esperar que não escureça cedo e que dê tempo de vislumbrar mais um pouco o sol a pino.

Noite maravilhosa... diria até surpreendente.
Porcarias + cama + programas aleatórios na TV (expulsar demônios, como faz?) + Ela
Não podia querer mais, e mais... mas eu quero sempre, e mais.

Não quero escrever sobre nada importante hoje. O mais importante não pode ser escrito com palavras.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Saudade

Descobri que não sinto de nada.
Vivo tudo o que sempre quis agora.
"We’re drawn together by accident
We’ll be forever with these words and
Melodies they’ll guide us through this speck in time
We’re trying to get the missed attempts
We are forever with these words and
Memories they’ll guide us through this night
We’re getting older, older, older"
Dredg - Mourning this Morning
 Estou apaixonadamente completo.
(Minto. Queria um carro anfíbio pra andar aqui em Brasília)
D:

terça-feira, 6 de abril de 2010

Drunk slide

Saio de casa, pego o ipod e os óculos... dois itens essenciais à minha sobrevivência no dia-a-dia urbano.
Coloco alguma música pra tocar e não presto muita atenção em qual é. Cubros os olhos com os óculos e finalmente se acostumam com a claridade do sol, que há dias não comparecia tão resplandecente no céu.
Encaro algumas pessoas na rua, amparado pelos óculos escuros, que evitam que elas vejam que as analiso. É engraçado como vejo todo e qualquer tipo de gente... o metrô é uma coisa democrática de fato.
Divido meu espaço com diretores de empresa, professoras, músicos, artistas de rua, funcionários públicos... pessoas bonitas, feias, caladas, simpáticas... sempre dentro da convenção social.
Eis que então começa... batida descompassada, voz estridente... ah, o funk brasileiro. Produto do culto à idiotice, da falta de oportunidade e sobra de pobreza de espírito. Um maldito celular interrompe a minha análise antropológica do metrô... tento até me concentrar, mas não é possível... gruda como uma praga, um câncer.
Aumento o volume do ipod e coloco "Pantera" na seleção de músicas... parece adiantar, mas quando dou por mim o indivíduo do celular aumenta ainda mais o volume da música, parecendo incomodar não só a mim, mas como à população inteira do metrô (ok, inteira não, só a parcela pensante). Me sinto desafiado.
Dimebag estourava meus tímpanos ao som de "I'm Broken" e a infernal batida continuava a poluir minha cabeça... já até esquecia as pessoas em volta... é, o Pantera não funcionou.
Confiei na fé, coloquei no random e passei a música.

Leio no visor:
"Drunk Slide - Dredg"

Começa uma batida inusual, fugindo completamente do 4:4.
Esqueço as pessoas, esqueço o funk, esqueço o metrô. Só lembro de ativar o repeat e deixar rolando...
Acordo ao som dos freios do metrô parando na estação final... ok, perdi meu ponto.
10 minutos a mais andando não é um grande problema... não com meus óculos e meu ipod.

Dredg - Exorcizando o Funk da face da Terra

42

Tinha escrito um texto enorme sobre frustração. Ficou um lixo.
"Todo mundo tem um plano até levar um soco na cara." - Mike Tyson
Preciso organizar minhas idéias.... minha cabeça parece um liquidificador prestes à explodir.

Ser "Nerd"

Cara, acho muito engraçada a hype que surgiu por esses tempos.
"Ser nerd" virou algo cool. Isso é quase como falar que Israel e Palestina são parceiros comerciais. Que Chuchu é gostoso. Que Rebolation é música. Um paradoxo!

Óculos Grandes e desengonçados, calças em tons pastéis, camisas xadrez, livros, cds, dvds... tudo (TUDO mesmo) virou moda... e, estranhamente, as pessoas lutam pelos títulos de "tr00 n3rds", como se fosse algo a se vangloriar e ostentar para os amigos e círculos sociais.
Posar com um "Guia do Mochileiro da Galáxia" e um "All Star" nos pés é a nova onda da juventude... meio que contrastando com a perda de valores que vemos crescer cada dia mais.

Lembro quando ser taxado de "nerd" implicava em casos de bullying, preconceito e exclusão social... ser nerd era algo indesejado... tanto que eles mesmos criaram um novo título para si... os "Geeks".
E o que eram os Geeks? Basicamente os nerds "cool". Os que tinham vida social, amigos, namorada, compromissos que não se resumiam em jogar RPG com amigos ou ficar enfurnado em casa jogando algum MMORPG (World of Warcraft <3, Lineage 2 <3).
Várias celebridades aderiram à moda Geek... Vin Diesel assumiu que ama videogames, Ewan MacGregor se revelou um grande jogador de D&D e o próprio Obama é fã inveterado de cultura nerd, como Star Wars e Homem Aranha.

Ontem mesmo, andando por um shopping perto do meu trabalho, vi vários adolescentes com cabelos bagunçados, óculos enormes (alguns sem lente o.o... qual o ponto disso afinal?), calças xadrez e all star (quase clones)... estavam discutindo sobre como tinham matado aula e bebido em alguma tarde anterior...
Será que até o que prestam eles conseguem estragar? Oooo geraçãozinha infernal.

Não entendam isso como um ódio infundado (que só tenho por 3 coisas) e nem como vergonha de assumir.
Se ser nerd é:

- Jogar Guitar Hero/Rock Band freneticamente
- Jogar RPG
- Jogar MMORPGs
- Gostar de Estudar (gostar mesmo)
- Ser relativamente acima da média de QI (que por sinal deve ser feita com símios)
- Gostar de coisas esquisitas (documentários, assistir ao ManagemenTv ou History Channel, bandas finlandesas ou suecas)
- Saber o que é o 4chan (item importantíssimo)

Eu sou nerd, namoro uma nerd (te amo amor <3, não me mata), meus amigos são nerd, faço programas nerd, estudo coisas nerd... mas nem por isso saio por aí, uniformizado, ostentando um título e esperando aceitação social.
Seja como quiser... só não fode o conceito da coisa plz. (:

PS: Lembrei de um fato curioso... minha mãe me ligando pra saber se eu jogava "esses jogos que tinham matado uma menina em Ribeirão Preto"... é mais ou menos a mesma situação agora.
PS2: Jesus, por favor exploda o Pátio Brasil numa sexta. final de tarde. Tire as pessoas boas e meu carro da garagem, amém.

TL;DR - Ser nerd é legal, tr00 n3rd não existe, eu sou puto com muita coisa dessa geraçãozinha de araque e já nasci com 70 anos de idade. Hype de ser nerd é o cacete.

Páscoa! Nomnomnom :B

Oi, meu nome é Guilherme, eu tenho dislexia e não sei fazer um coração sem ser torto.

Deu um certo trabalho pra achar isso de última hora, mas valeu cada segundo.
 "I lie awake watching your shoulders
Move so softly as you breathe
With every breath you're growing older
But that is fine if you're with me"
(Oi, eu curto músicas bregas/melosas (not really))

Minha páscoa foi a melhor do mundo, mas não por conta dos chocolates (e olha que foram muitos). <3

3:29

Tenho tido muita vontade de escrever por esses dias...
Não que tenha muita coisa pra contar... mas sinto uma necessidade latente de expulsar alguns "demônios" da minha cabeça, que já está ficando consideravelmente cheia.

Minha motivação pra exercer muita coisa tem voltado à tona... escrever, tocar, estudar (seja o que for), me divertir, acordar (não tanto quanto gostaria, mas anda melhorando)... e acredito que seja pelo fato dos meus dias estarem cada vez melhores.
Acho estranho eu mesmo ler os textos que posto aqui e enxergar o quanto meu humor muda todo santo dia... o quanto eu sou confuso ao tentar expressar algum sentimento ou reflexão... mas fico um pouco mais aliviado sabendo que quase ninguém lê isso (mas amo quem o faz, que fique claro).

Parafraseando:
"Sempre tive minha tese da melhora da qualidade dos meus trabalhos em momentos de tristeza e dor, por acreditar de maneira extremamente equivocada que só a dor poderia me tornar mais sensível e espontâneo. Eis que me olho hoje e me vejo espontâneo enquanto a única dor que eu sinto é uma dor positiva onde até mesmo o sofrimento me gera alegria e me dispara o coração, desesperado e desgovernado, que funciona como a granada pra todo esse caos criativo que tem sido gerado."

A felicidade é um combustível artístico maior do que podia imaginar... as músicas fluem pelos meus dedos assim como as palavras por minha boca. Minha cabeça gira e não parece ter previsão de parada. Me sinto num carrossel criativo e até passional.
As coisas ganharam cores novamente... as pessoas não são tão entediantes como costumavam ser, os programas são outros, mesmo sendo os mesmos... e por um momento paro para admirar tudo isso e me delicio por estar vivendo um momento tão... tão... eu nem sei definir direito como seria... mas acho que sublime é o mais próximo.

Tenho a sensação de estar no momento certo, da forma certa, fazendo a coisa certa... e acho que pela primeira vez não sinto falta de nada. Estou completo, realizado, construído.
Estou simplesmente feliz... na mais pura e simples forma. Com um sorriso bobo no rosto, uma flor nas mãos e  vontade de não fazer nada.

3:29 - Estou dormindo. Mas isso não quer dizer nada.
29/3 - Isso quer dizer tudo.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Esse layout

Ficou um lixo. Alguém me ajuda? .___.~

Easter Egg

CuAl6(PO4)4(OH)8·4H2O

Amo.
Feliz Páscoa, na segunda.

Tchururu, tchururururu, tchururu, tchururururu

Sempre encarei a alegria como algo efêmero... mas não da pior forma... algo como um estado passageiro, sabe? (apesar de que o conceito de 'estado' já exprime a idéia de 'passageiro... mas enfim...)

Esse feriado marcou meu ano com os melhores dias que consigo me lembrar. Creio que nunca senti tanto prazer em não "fazer nada". Apesar de deveras mofado por conta da chuva torrencial que assolou (e ainda assola) Brasília nessa última semana, estar acompanhado de comidas não-saudáveis, cobertores, filmes e de alguém que você gosta (fator essencial diga-se de passagem) parece diminuir todos os revezes e transformar um dia que tinha tudo pra ser monótono em memorávelmente prazeroso.
Acho que pela primeira vez começo um relacionamento sem o mínimo pé-atrás (e quem me conhece sabe que uma das caranterísticas mais marcantes em mim é a eterna desconfiança em todo mundo), sem o mínimo medo... só me deixando levar.

Eu achava que já tinha vivido situações em que o "Destino" dá uma mãozinha para que algo aconteça (apesar de ser bem cético quanto à existência dele)... mas definitivamente não havia acontecido nada como isto.
E foi o fator determinante... um começo ímpar, improvável, impossível até. Daqueles que a única coisa que vem à mente é... na verdade nada vem. Não preciso pensar em nada... e nem consigo na maioria das vezes, tamanho o efeito inebriante da situação.
Acho que poderemos rir disso mais uns 20, 30 anos sem nos cansarmos.

Hoje revejo todo o caminho que percorri nesses últimos 6, 7 meses.
Desde o dia do meu aniversário, quando da primeira vez que escrevi sobre meu estado em um caderno bem velho, até hoje, 5 de Abril de 2010, quando completei meu último texto.
Fiz questão de reler linha a linha, mesmo as partes mais doídas (e elas são muitas). Confesso que fiquei bem mexido com muita coisa... mas minha mesmo, bem egoísta. Fui muito amargurado, rancoroso até. Me deixei levar por sentimentos horríveis, e tomei atitudes beirando o mesmo nível... mas enxergando a situação com olhos resignados, encaro que foi um sacrifício necessário... me perder pra me achar, do modo mais blasé possível.
Li uma frase que escrevi exatamente no dia 12 de março de 2010:

"Quando me olho no espelho, quase não me enxergo... não sei se pelos cabelos cortados, quase nunca penteados... pela expressão apática ou pela falta de vontade de me ver"

Mas hoje entendo o porquê. Estava procurando uma pessoa que não mais existia. Olhando à frente e esperando enxergar atrás.
Fechei o caderno, guardei junto à outras coisas que não quero mexer por algum tempo, mas ainda tenho pena de me desfazer... quem sabe daqui a 10 anos releio tudo pra tentar me enxergar de novo.

Estou bobo, clichê, previsível... monótono para alguns, decepcionante para outros (o qual ainda não entendo bem o motivo).
Mas acho que o conceito de se perder por alguém é exatamente esse... e sorrio um sorriso sincero.

Sempre encarei a alegria como algo efêmero... e é. Mas a vida é algo efêmero, então deixe estar.

TL;DR - Estou feliz, tive os melhores dias que posso me lembrar... estou perdidamente apaixonado e tem gente que não se conforma com isso. Sabe o que eu acho disso? B-O-R-I-N-G. Obrigado pelo feriado mais gostoso da minha vida ;*
Minha Turquesa S2 (toda vez que escrevo "<"3 dá pau ._.)

Perfect Drug

"I've got my head but my head is unraveling
Can't keep control can't keep track of where it's traveling
I got my heart but my heart is no good
When you're the only one that's understood
I come along but i don't know where you're taking me
I shouldn't go but you're reaching, dragging, shaking me
Turn off the sun pull the stars from the sky
The more i give to you the more i die

And I want you...

You make me hard when i'm all soft inside
I see the truth when i'm all stupid eyed
Your arrow goes straight through my heart
Without you everything just falls apart
My blood wants to say hello to you
My fear is born again inside of you
My soul is so afraid to realize
how very little there is left of me

You are the perfect drug."

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Morpheu

Embalou meus sonhos esta noite.
"Mister Sandman, bring me a dream
Make it the cutest that I've ever seen
Give her two lips like roses in clover
And tell her that my lonesome nights are over"
S2