segunda-feira, 12 de abril de 2010

Kaleidoscope 1

"Work it harder, make it better, do it faster, makes us stronger.
More than ever hour after our work is never over."
Ah, o sol... acho que não mais sabia da existência da Vitamina D.
Deitar à sombra da luz do sol... esquentar o sangue, rir das nuvens em formato engraçado, isso quando há alguma. Dormir, dormir, acordar, sorrir, dormir.

Nunca achei que ser feliz fosse simples assim. Sem complicações, sem preocupações... estou numa inércia gostosa, me deixando levar por minha deliciosa rotina de trabalho, estudos e amor... de todas as formas, o amor.
Aprendi a dar valor às pequenas coisas. Às situações que antes passavam despercebidas. Às pessoas que antes julgava demais, sem ao menos me dar a chance de conhecê-las. Aprendi a ser mais receptivo e perceptivo... aprendi a dar chances, até mesmo à mim. Às coisas que nunca tinha tentado.

Sentar à mesa, o reflexo verde da garrafa em minha camisa... assistir a entrevista de um assassino, discorrer sobre. Comer melancia, me sujando o máximo que pude, comer bolo, deitar na rede, adormecer, mesmo que por uma fração de minuto. Sentir a água quente e fria ao mesmo tempo, abraçar, beijar e sorrir... fotos.

Trabalhar isso em mim decorreu de um processo de intensa confusão e auto-reconstrução. Revi muita coisa errada que meu orgulho disfarçava, muitos conceitos que carregava com certo vigor exagerado (o que gerava até certo preconceito). E ao ver o resultado disso, percebo que por muito tempo protelei essa auto-crítica por medo de me desapegar a tudo o que havia conquistado até então... mas a grande questão não era essa no final das contas, e sim o número de coisas que deixei de conquistar por ter criado uma barreira impenetrável à minha volta.

Pizza, filmes, filmes, filmes, programas aleatórios, sorveeeete "<3", macarrão, torta de limão, chocolate.

Percebi também que tenho uma grande facilidade de conversar com pessoas de gerações anteriores à minha... e uma grande bloqueio social de fazer o mesmo com as mais novas. Me sinto socialmente impelido à demonstrar algo de relevância no momento da conversa... mas parece que jogo matéria em um buraco negro, que absorve tudo e nada dá em troca.
Não que eu seja melhor ou algo assim... não encaro mais dessa forma. É só que me tornei o que sempre achei que fosse... ultrapassado, conservador, culturalmente xenofóbico. Não consigo aderir coisas dadas como "modernas"... não consigo assistir Big Brother, gostar de Crocs ou Crepúsculo. Não consigo achar os colírios da Capricho algo relevante, comentar sobre a ascenção do Emocore ou achar comum a normalização das tendências homossexuais na geração 'Y'.

Sou, como diriam, "old school", "velho testamento", "velho". E me sinto bem com esse fato (:
Finalmente não tenho ninguém me pressionando a me "atualizar".
Porque percebi que não fazer nada, é tudo.

(Post confuso, eu sei... mas, pelo menos uma vez na semana, tenho que liberar espaço na mente)

4 comentários:

  1. Por sinal, farei um post sobre a normalização das tendências homossexuais na geração 'Y'.
    (preparem as tochas e a cruz).

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  2. na verdade prepararei se você for preconceituoso, se for realista não farei nada!

    ;D

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  3. Então prepare as tochas e a cruz. (:
    Serei realista e não-eufemista.

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  4. Como também nasci meio velha, não prepararei tochas, muito menos a cruz. :P

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