segunda-feira, 17 de maio de 2010

Na saúde e na Doença

"And I feel, so much depends on the weather
So, is it raining in your bedroom?
And I see, that these are the eyes of disarray
Would you even care?
And I feel it
And she feels it"
Plush - Stone Temple Pilots 
"Deixa eu tomar banho agora senão a gente atrasa..."
"Só espera essa música, vai..."

Ela não sabe, mas isso fez o meu final de semana. (:

E às atualizações da minha absência, faltam palavras pra descrever a montanha russa que foram esses últimos 5 dias.
Acordar com a sensação de que seu corpo é feito de chumbo e momentos depois se sentir como se estivesse dançando break no meio de um peão de madeira só não é pior do que, depois de litros de sorvete, sentir seu estômago dando um uppercut na sua comida pra forçar a saída dela por onde não deveria.
Sentar no hospital e descobrir que o seu batimento cardíaco é basicamente a metade de uma pessoa comum e ver o olhar incrédulo do médico ao checar várias vezes pra ver se o aparelho estava com defeito não é nada agradável.
"Olha... está tudo bem...    mas..." e esse "mas" sempre vem seguido de alguma sentença cataclísmica.

Sentir uma falha múltipla nas funções de sobrevivência do corpo me lembrou da tangência entre a saúde e a morte. Me lembrou da fragilidade do nosso recipiente carnal, da facilidade de simplesmente "não estar mais" de um momento para outro. A velha sensação mórbida de mortalidade.
E ao invés de ficar preocupado, nostálgico, sorumbático (ha!), usei o resto do final de semana para desfrutar de tudo que a vida proporciona de melhor à mim.
Posso garantir, sem dúvidas, que eu fiz nada menos do que TUDO o que mais gosto nesse final de semana.

"Gui... não vai embora e me deixa aqui, por favor..."
"Ainda bem que não tocou funk ontem." ~ "Não? Tocou o tempo todo e você dançou até o chão."
"Não acredito que você vai embora antes do meu aniversário!" ~ "Ah, muda a data dele então!"
"Ju... já andou na contramão do Eixão?"

Só tenho a agradecer às 4 melhores companhias que uma pessoa pode ter pra qualquer programa. E que transformam um final de semana fadado ao fracasso em algo absolutamente memorável (ou, em alguns fatores, desejadamente esquecível).

Um comentário:

  1. Exímio dançador de funk em trenzinho no palco, o senhor! Hahaha, pior que eu nem posso te zoar por isso...

    Hoje eu tava subindo pra casa quando dei de cara com um vizinho que me deu uma olhada MUITO tensa e começou a rir, acho que conheci nosso amiguinho do corredor :P.

    Esses últimos 5 dias foram mesmo muito intensos, houve tantos ápices e tantas coisas diferentes que nem parece ter durado tão pouco tempo, em questão de dias.

    Te amo :*

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