terça-feira, 30 de março de 2010

Kaleidoscope

Tenho TANTA coisa pra postar aqui... que não consigo sequer ordenar as idéias.

"Caleidoscópio" é exatamente o que define a minha vida agora.
Então vou abrir a torneira psicótica da minha cabeça e deixar tudo fluir do modo mais caótico possível.

"Se preparava para o que parecia ser mais uma briga qualquer, bom um motivo bobo qualquer, com uma pessoa qualquer.
Estava tão acostumado com aquilo que não se lembrava mais como era antes das cicatrizes, dos ossos trincados e articulações inconstantes.
Sentiu uma gotícula de suor tracejando a face, quase como uma mão afagando o rosto antes do embate... os olhos semicerrados e sentia o calor sufocando... um abraço apertado.

O primeiro movimento, um pouco desajeitado, ainda pela falta de adrenalina (ou seria o excesso dela?), um esbarrão e a primeira troca de olhares.
Sentia como se estivesse dançando (e realmente estava), e após um breve momento ele veio.
O soco.
Sentiu a face ruborizar, o sangue correndo em uma tempertura que ainda não sabia como não entrava em ebulição, e por uma breve eternidade ele lembrou como era a dor... e nada mais.

Estava em estado de suspensão... não sabia se era quarta-feira, dezembro ou século XX.
Em sua cabeça nada se concretizava como uma frase coesa. Apenas pensamentos soltos, como uma colcha de retalhos... mas sem a colcha, sabe?... é complexo.
Pensava no futuro, mas não sabia como caminhar até chegar a ele... realmente, não se lembrava como andar, e agora parecia fazer mais falta do que nunca.
O verde... era uma das poucas lembranças a que se agarrava... não sabia se da grama, da comida ou da bile... mas tinha o verde.

Foi assim que o mundo parou de girar, sentiu uma lufada de ar percorrendo os pulmões e as pernas não mais cambaleando... e então sorriu."

E isso define tudo.

Um comentário:

  1. Demorou, mas a ficha caiu. Algumas coisas simplesmente não tem explicação plausível, por mais que você passe horas pensando sobre, não dá pra definir se é sorte ou destino ou se existe outra possibilidade... Mesmo sem explicação, a sensação de ter sido como foi mesmo diante de todas as outras possibilidades muito mais prováveis é deliciosa :).

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